HISTÓRIA E AVANÇO DA TECNOLOGIA NA ENERGIA SOLAR

Hoje, quem tem um sistema de energia solar fotovoltaica, nem imagina que os primeiros painéis surgiram na década de 50. Em 1954, Russell Shoemaker Ohl usando o processo de dopagem do Silício de Calvin Fuller, criou as células solares modernas.

 

Mesmo com esta célula moderna foi só em 1958, 4 anos após a criação de Russell que os painéis solares começaram a ser utilizados. O painel de 1W foi anexado ao satélite Vanguard I e era responsável para alimentar o rádio do satélite no espaço. E só depois deste “teste”, os painéis passaram a ser comercializados e instalados em residências, comércios, meios de transporte e etc.

 

Estes primeiros painéis, utilizando a técnica de dopagem do Silício ficaram no mercado durante um pouco mais de DUAS décadas e foi só em 1976 que desenvolveram as células de silício amorfo.

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PAUSA PARA AULA DE QUÍMICA (é rapidinho…)

 Dopagem do Silício = Processo que consiste em aplicar impurezas nas moléculas do Silício para melhorar sua condutividade energética. 

 

Silício AMORFO = Fórmula NÃO cristalina do silício. 

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 As células de silício amorfo tinham uma “incrível” eficiência energética de 1,1% (de 100% do material, apenas 1,1 virava energia propriamente dita), mas ainda sim já eram muito melhores que os primeiros painéis com a dopagem do silício. 

 

Foi só em 1992, com as células de filme fino, quase 30 anos depois, que a tecnologia dos painéis solares conseguiram superar a barreira dos 10% de eficiência energética. Desta vez com 15,89%.

 

SÉCULO XXI (ou quase) E AS BOAS NOTÍCIAS.

 

O final do século XX, em 1999 e 2000 mostrou que a energia solar fotovoltaica veio para ficar. Os avanços tecnológicos começam a gerar células e painéis cada vez mais eficientes, inclusive o sistema ON-GRID surgiu no ano 2000, e o mundo começou a adotar a energia limpa chegando a 4.200 MW instalados. O Sol brilhava no horizonte dos sistemas fotovoltaicos.

 

Já no século XXI, precisamente em 2006, os avanços do final do século passado ajudaram a criar um sistema que já tinha cerca de 40% de eficiência energéticas, feitos de polisilício grandes economias mundiais começaram a olhar para a energia solar fotovoltaica com bons olhos. 

Em 2011 a China entra na jogada. Abrindo fábricas de produção de componentes em larga escala e promovendo uma expansão agressiva do setor, a presença do gigante industrial barateou os custos de fabricação, tornou os sistemas mais economicamente viáveis e o mundo começou a adotar a energia em larga escala.

 

E NO BRASIL?

Aqui no Brasil a primeira usina só surgiu em 2011 (mais de 60 anos depois da invenção das primeiras células fotovoltaicas) e a energia solar ficou “à margem da lei” até o ano seguinte, quando a ANEEL regulamenta o setor (através da RN 482) e permite que todas as pessoas tenham direito a sua microgeração de energia. Seja para residência, comércio ou outros.

 

Em 2015 o órgão regulador de energia no Brasil visando aprimorar a RN 482, criou a RN 687, onde estabeleceu algumas classificações para os microgeradores de energia, estabelecendo limites de kW gerados e a criação de modalidades de geração de energia. Com o autoconsumo remoto e a geração compartilhada.



RESUMINDO A AULA DE HISTORIA!

As células de geração de energia solar fotovoltaica estão no mercado há mais de 60 anos. Durante todo este tempo muito se desenvolveu, principalmente no campo tecnológico da geração de energia. Novos materiais foram testados e hoje a energia solar é considerada uma matriz energética eficiente e crescente no mundo.

 

A maior mudança no mercado sem dúvida foi a redução dos custos de produção lá em 2011 quando a China resolveu entrar de vez na produção de componentes, tornando os sistemas mais acessíveis e possibilitando a microgeração energética em larga escala.

 

Já no Brasil, apesar do atraso na implementação desta matriz energética, a ação rápida dos órgãos públicos alinhado com a crescente necessidade de redução de contas de energia pela população brasileira fez com que em apenas 8 anos de “atividade legal” (desde 2012 com a regulamentação da ANEEL) o Brasil já atingisse o TOP 20 dos países produtores de energia solar fotovoltaica. E ainda tem espaço para muito mais!

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